terça-feira, 9 de novembro de 2010

OITO ANOS DE TOLERÂNCIA COM O ERRO

Mais uma vez ocorre um fato grave na administração pública federal, como é o caso da confusão com as provas do ENEM realizadas no último final de semana onde um grande número de jovens candidatos a vagas em universidades públicas foram muito prejudicados.
Durante o governo do Presidente Lula é recorrente a descoberta de fatos graves na administração pública federal sem que o Presidente Lula tome medidas que responsabilizem seus colaboradores, sempre passando a mão por cima, com o que ele estimula que novas irregularidades voltem a ocorrer.
A maior virtude de um governante é servir de exemplo aos cidadãos. Ele deve ser o servidor mais exemplar. Ele deve exigir de todos colaboradores, em todos os níveis, que sejam exemplares. Quando algum de seus colaboradores falha ou mesmo lhe é imputada a prática de um fato grave, deve de imediato, adotar providências saneadoras.
Infelizmente não foi o que ocorreu nos últimos oito anos. O Presidente não foi exemplar e nem exigiu de seus colaboradores diretos que fossem exemplares. Aí reside estarmos as voltas, frequentemente, com escandalos em seu governo.
Já tivemos o Mensalão, os Cartões Corporativos, os Dossiers, o Sanguessuga, Dolares na Cueca, os Aloprados, a Casa Civil, o ENEM repetidas vezes; sem falar na falta de compostura no exercicio do cargo, com pronunciamentos indecorosos para a maior autoridade da república.
Certamente não foi para isto que ele foi eleito.
Eis aí a razão de me colocar entre os 3% de brasileiros que acham seu governo péssimo.
Não basta ter assumido a política economica do governo FHC e dado continuidade sem qualquer alteração nas linhas da macroeconomia, com o que possibilitou uma evolução positiva da economia brasileira.
Não basta ter reunido os diversos programas de assistência social do governo anterior através do Bolsa Família e ampliado significativamente sua distribuição com o que possibilitou que alguns milhões de brasileiros tivessem uma renda que permitia-lhes sair da condição de miséria.
Isto qualquer um poderia ter feito.
E não se diga que a economia é uma maravilha, pois não é.
Imagina que maravilha é uma economia que paga o juro mais alto do mundo?
Imagina que uma administração seja uma maravilha, quando a saúde vai tão mal, pois basta ver que a todo momento somos informados do desespero das pessoas nas filas de espera das emergências médicas, ou esperando meses e até anos para o atendimento de uma consulta especializada, ou uma cirugia não emergencial?
Imagina um governante ser uma maravilha se a segurança vai mal e todos sentem na própria pele, e o governo propala como modelo a ser seguido a segurança de um estado onde o índice de homicícios por é superior a média nacional que esta por volta de 25, enquanto é desmerecida a segurança pública de um estado onde este índice já chegou abaixo de 10 por 100.000 habitantes?
Imagina ser uma maravilha um governante que inchou a máquina pública e elevou em demasia os gastos correntes?
Imagina ser uma maravilha um governante que loteou os cargos públicos e das estatais em beneficio de apaniguados?
Já dar o exemplo de administrador sério e não compactuador com o erro de seus colaboradores não é coisa para qualquer um.
Exercer a função com severidade, cuidando para que os recursos públicos sejam bem aplicados em benefício da população e não investidos em propagando pessoal do governante é o que se espera de um Presidente da República.
E foi uma de suas promessas quando eleito.
Lamentavelmente se passaram oito anos e não cumpriu.
Este é o pior exemplo que pode ter deixado aos brasileiros.
Espero que sua sucessora, nesse aspecto, seja mais exemplar.
Que ela zele mais pelos recursos públicos e se preocupe menos com sua propaganda pessoal.
Agindo assim não precisará que sejam criados novos impostos. Nem que sejam elevados os atuais.

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